Em sua
cama, Larissa tentou dormir. Não conseguiu.
Debatia-se em um misto de
pensamentos e devaneios nostálgicos.
Sangue em uma esfera de vidro. Estava imersa nele.
O ar acabara a poucos segundos. Enquanto o espanto mantem acordada sua consciência,
vê a poucos metros fora da esfera aquele ser aterrorizante. Um corpo esguio de
pele clara, vestindo o seu vestido de infância. Com um olhar insosso, vindo de
uma face reconhecida, a sua, o ser declama calmamente em um sorriso:
- Otief
lat ed áredneperra es, sarvalap sahnim rednetne, açiboc moc euq eleuqa.
Esse era o sonho agourado, que lhe ocorria na infância
e agora não deixava Alice em paz. Seu cérebro de várias maneiras buscava um padrão
entre os acontecimentos.
Levantou e desceu silenciosamente as escadas até a
cozinha, o cansaço físico gritava em seus sentidos, mas sua consciência não lhes
permitia atenção. Pegou papel e caneta e instintivamente fez uma lista dos possíveis
objetos que tivera e agora eram posse da filha.
Amanheceu.
Carlos levantou renovado e encontrou sua esposa, na
cozinha, em uma agitação atípica, devido a tradicional má vontade matinal. Como
de costume desejou um bom dia a mulher e após o café foi para o seu emprego.
Alice acordou em seguida, feliz, pois não lembrava nada do acontecido. Como o pai, tomou seu café e junto a vizinha foi ao colégio.
Alice acordou em seguida, feliz, pois não lembrava nada do acontecido. Como o pai, tomou seu café e junto a vizinha foi ao colégio.
Larissa sairia somente a tarde para trabalhar. Então
pegou a lista em seu bolso e vistoriou o quarto da menina. Duas horas
exaustivamente longas depois, queimou tudo que havia anotado na mesma. Sua alma
estava leve e entregou-se ao cansaço dormindo no chão próximo a cama de Alice,
cobriu-se com uma coberta que tinha derrubado na vistoria, e de um livro próximo
fez travesseiro.
Acordou ouvindo vozes preocupadas em
seu redor, sentiu suas roupas coladas ao corpo, devido o suor frio que escapava
de seu poros. O pesadelo ecoava em sua mente, quanto mais tentava se lembrar, mais
distante era a lembrança. O que fez que sua atenção voltasse para o presente.
Alice com rosto pálido e feições preocupadas acompanhada de Carlos, chamava o nome de sua mãe enquanto o pai levantava Larissa para a cama.
O relógio sobre a prateleira indicava que eram seis da tarde, não fora trabalhar.
[continua]
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Alice com rosto pálido e feições preocupadas acompanhada de Carlos, chamava o nome de sua mãe enquanto o pai levantava Larissa para a cama.
O relógio sobre a prateleira indicava que eram seis da tarde, não fora trabalhar.
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