Nona Arte


“No dia mais claro, na noite mais densa o mal sucumbirá ante à minha presença.” 

            Se ao ler isso você sentiu nostalgia continue lendo pois é de seu interesse, se não sentiu nem se lembrou continue lendo vale a pena.
            A arte de contar histórias através de desenhos remonta à época das pinturas rupestres, passa pelos hieróglifos até os dias atuais até a minha pequena marca no universo ou multiverso.

Os quadrinhos me acompanham e não o contrário. Na infância que maravilha era ter um real e em vez de comprar um Cheetos comprar um quadrinho do Mickey ou Pateta. Lembro-me também da Turma da Mônica, nossa adorava ir à casa de meus primos e revirar as edições lendo e relendo Chico Bento e Cascão, rir com os “Inclíveis planos infalíveis” do Cebolinha.
Sempre busquei ler, mas devido a condição financeira na época “gastar com gibi” estava fora de cogitação, o que apesar de me prejudicar minha relação com as HQ, não me impediu de me manter antenado.
Com os anos, alguns empréstimos lá, compras esporádicas aqui, cheguei a meu primeiro emprego, FullMetal Alchemist, X-Men e X-Men Extra todo mês. Me senti fazendo a coisa acontecer. Nesse meio tempo encontrei o preconceito:

- Nossa um marmanjo desse tamanho lendo gibi!
- Que coisa de criança! Esse monte de baboseiras sobre heróis e poderes.
- Cara o que você vê nisso?

            Falavam sem nem mesmo folhear e ver que meus Quadrinhos falavam e falam bem mais sobre a realidade do mundo do que uma novela com seus problemas de relações mesquinhas e fúteis. Que revolta, eu um cara de 20 anos hoje, sendo tachado de criança, Nerd, CDFs por ler uma revista? Primeiro me acho nerd, um mutante da sociedade, “Mutante e Orgulhoso”, segundo, sou criança de alma e terceiro tenho pena de você.

            Mas respondendo a terceira frase acima, eu vejo o mundo. Tramas complexas, personagens elaborados, sofrimentos e problemas reais. 

 “Peter Parker enfrenta gangues tranquilamente, mas sente medo ao se relacionar com Mary Jane.” 

            “Os X-men e todos os filhos do átomo em si, só querem ser aceitos como normais, enquanto salvam vidas dos mesmos humanos que os temem e odeiam.”

            “Matt Murdock faz justiça sem medo com as próprias mãos quando não consegue que a justiça a faça por si mesma.”

            Mundo real, assuntos reais, onde que estão as histórias de crianças? 
            Mas nem só de collant e super-poderes vivem as HQs. Que exemplo de humor irônico e bem elaborado pode ser comparado a Garfield? Qual história de perseverança é mais bonita que a de Naruto? Que amor é mais impossível que o da Vampira e Gambit? Que faroeste é mais tradicional que TEX?


            
 Eu leio HQs, recomendo, e se algum dia quiser me agradar me dê um quadrinho ou emprestem, tenho muita coisa pra ler ainda. 

            
  




“Com grandes poderes, temos grandes responsabilidades”











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